O Tarot é um método divinatório onde são usadas cartas para saber de uma
situação presente, passada ou futura.
São considerados mais importantes os arcanos maiores embora todas as cartas
tenham significados que ajudam nas interpretações.
O Tarot, assim como o I Ching, podem e
freqüentemente são usados como oráculos.
Buscam-se respostas, conselhos. Mas isso é uma forma reduzida de ver as
coisas.
Ambos também podem ser usados com essa finalidade, mas o
seu melhor auxílio é em nos mostrar um outro ponto de vista.Todos nós somos
únicos. Temos nossas próprias opiniões.
O que outra pessoa possa dizer pode ser relevante, mas terá forçosamente que
ser adaptado ao nosso modo de ser, de sentir. Não existe uma receita
universal para ser feliz! (seria bom, não é? )
No Tarot as cartas se referem a diversas
circunstâncias da vida, como se fosse uma jornada.
A carta número 1, representa a pessoa como ela é, cheia de
potenciais que precisa saber usar, praticar.
Esse caminho nos leva à última carta,
de número 21, O MUNDO.
A consciência do nosso lugar, nosso centro, nossa parcela de Deus.
Que nos fala de uma integração consciente inconsciente. De uma totalidade
corpo, mente, espírito.
De circulação de energia. Uma dança em contínuo desenvolvimento. Uma
constante liberação, renovação.
A individualidade em perfeita harmonia com todos os elementos. Nem mais nem
menos.
Fazendo parte, com liberdade para expressar-se sem esforço. Ser o que se é.
A carta do Mundo simboliza um estado ideal de vida.
Nela pode-se ver ao centro uma figura feminina que simboliza nossa
essência.
A figura é central e está rodeada por uma guirlanda de folhas, que protege
mas não limita.
A pessoa está como que dançando a música da vida, no seu ritmo.
Despreocupada, protegida.
Livre para agir, ao seu modo. É quietude e movimento.Todas as outras coisas
estão nos lugares certos.
O que é material, físico, está providenciado, no nível material.
O que é mental e espiritual está acima, no seu nível. Nada é esquecido.
Nem as necessidades do corpo nem da alma. É uma situação de total
equilíbrio.
Esta carta onde tudo é como deve ser, contrasta com a carta de
número 12- O Pendurado.
No Pendurado a pessoa está passando por momentos difíceis.
Sofrendo. Mas poderia sair da situação se quisesse. É um sacrifício ou
sofrimento quase voluntário.
Como se a pessoa achasse que seu sacrifício é necessário.
Mas...será que é mesmo?
Como mostra a carta, nada a prende na verdade. Portanto depende
exclusivamente da pessoa sair da posição em que se encontra. O interessante
é que as duas cartas têm semelhanças.
Se virarmos a carta do Enforcado, ( o que é uma tendência natural em quase
todos ) veremos como ela tem semelhanças com a carta do Mundo.
Não é o caso de se fazer uma reflexão?
Quem sabe podemos sair da situação aflitiva em que nos encontramos virando
tudo de cabeça para baixo?
Quem sabe assim teremos um novo ângulo da questão?
Quem sabe estamos tão dentro de um problema que nem vemos a saída?
O certo é que na carta do Mundo tudo está em ordem. E na do Enforcado
estamos sofrendo.
A pergunta é; será que não podemos mesmo, fazer nada para melhorar as
coisas, ou será que já nos acostumamos a aceitar as derrotas? A
pior coisa que pode acontecer é nos acostumarmos com o que não presta.
Daí para achar que é natural, é só um passo... Não é natural! Deus não
nos criou para sofrermos.
Porque sofrimento? Pode vir de Deus algo que não seja bom?
ELE quer que a gente aprenda, cresça. E que sejamos felizes.
Mas compete a nós não cedermos ao sofrimento. Não nos
acostumarmos a isso.
Temos momentos de raiva, de exaustão. É natural, somos aprendizes...Desde
pequenos ouvimos que só através de muito esforço se chega a algum lugar.
Isso é verdade até certo ponto, porque todo aprendizado demanda empenho,
vontade. Mas trabalhar usando nossos talentos. Naquilo que fazemos bem e com
amor.
Só assim podemos agradecer os presentes, os talentos, que ELE nos deu.
Acho que todo mundo conhece a parábola dos talentos...
A carta do Mundo nos faz ver bem claro que fazemos parte desse mundo, e como
todos os outros seres vivos, somos crianças do Universo.
Temos o direito e o dever de escolher viver em paz. Com amor,
alegria e proteção Divina.
Acredito que o principal é analisar o que está
acontecendo e pelo menos tentar, achar a nossa saída.
Sem culpar os outros e acima de tudo, sem se culpar. Somos aprendizes. É
natural que erremos.
Também é natural superarmos nossos erros, aprendermos e provavelmente, errar
de novo...
Em qualquer aprendizado isso acontece. Foi assim na escola, porque não seria
na vida?
Se o mundo e a realidade se alteram, e se nós fazemos
parte desse mundo e dessa "realidade",
é lógico pensar que se dermos um passo no sentido de melhorar, melhoramos o
mundo, a realidade.
Todos somos únicos, e todos fazemos parte, somos um conjunto.
Eu acredito que temos que achar nosso ritmo, aquilo que nos é essencial, que
faz bem à nossa alma.
E se não procurarmos nossa paz dentro de nós, onde mais poderemos achá-la?
Para isso acho a meditação indispensável. Um pouco. Todos os dias, Encontro
com a alegria, a paz.
Para termos uma mente vigorosa, gentil, consciente, pessoal, íntegra.